quarta-feira, janeiro 03, 2007

Ano novo minimalista

No próximo ano novo eu quero menos fogos, menos barulho. Sugiro para todos uma comemoração minimalista. Várias pessoas em uma sala branca. Na hora da virada o anfitrião posiciona uma caixa branca no centro dos convivas e estoura, com o silêncio de todos, um estalinho. Pronto. Feliz Ano Novo! E todos vão para suas casas com aquela sensação de plenitude que apenas as pequenas coisas podem trazer.

Espero um 2007 minimalista. Um Pan Rio-São Paulo muito ridículo, um ano magro também nas obras políticas, depois da ressaca do ano eleitoral. Depois da grandiosidade dos fogos e ataques criminosos do Rio, depois da forca do Saddam, tudo de belo fica para trás. Nem globeleza nós temos mais. Somos obrigados a ver uma mulata diferente por dia, sambando sem aquela graça que só a esposa do Hanz Donner pode nos dar.

Tomara que essa pequenez dos acontecimentos pelo menos favoreçam um engrandecimento da nossa vida ordinária (eu digo em oposição a esses acontecimentos extraordinários, não que não seja bela e dinâmica). É só.

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